Página 122 Parágrafo 346 a 347 - Diario de Santa Faustina


346
24.12.1934
Véspera de Natal. De manhã durante a Santa Missa, senti a proximidade de Deus, e o meu espírito irresistivelmente mergulhou n´Ele. Então ouvi estas palavras: Tu és moradia aprazível, em ti repousa o Meu Espírito. Após estas palavras senti o olhar do Senhor no fundo do meu coração e, vendo o minha miséria, humilhava-me em espírito e admirava a grande de uma tão grande miséria.
Durante a Santa Comunhão, a alegria inundou a minha alma. Sentia que estou estreitamente unida com a Divindade; Sua onipotência envolveu todo o meu ser. Ao longo do dia senti a proximidade de Deus de uma maneira especial e, embora as obrigações, durante todo este tempo, não me permitissem ir por um momento à capela, não houve momento em que eu não estivesse unida com Deus; sentia-O em mim de maneira mais sensível do que em outras ocasiões. Saudava sem cessar Nossa Senhora, procurando penetrar no Seu espírito e pedia-Lhe que me ensinasse o verdadeiro amor a Deus. Então ouvi estas palavras: Esta noite, durante a Santa Missa, partilharei contigo o segredo da minha felicidade.
Tivemos a ceia antes das seis horas; apesar da alegria e da algazarra exterior que ocorre por ocasião da partilha do pão ázimo, pela troca de votos e felicitações, nem por um momento, perdi a consciência da presença de Deus. Após a ceia, apressamo-nos com autorização para não me deitar logo mas esperar a Santa Missa do Galo. Fiquei imensamente feliz, pois das nove à meia noite tinha o tempo livre. Das nove às dez, fiz a adoração na intenção de meus pais e toda a minha família; das dez às onze, fiz a adoração na intenção do meu diretor espiritual, primeiramente agradecendo a Deus por se ter me dignado dar-me esse grande auxilio visível na Terra, como me havia prometido, e também pedia a Deus luzes para que ele pudesse conhecer minha alma e dirigir-me de acordo com a vontade de Deus; das onze à meia noite, rezei pela Santa Igreja e pelo clero, pelos pecadores, pelas missões, pelas nossas casas, ofereci as indulgências pelas almas do Purgatório.

347
Meia Noite, 25.12.1934
Missa do galo. Logo que teve início a Santa Missa, começou a envolver-me o recolhimento interior e a alegria inundou a minha alma. Durante o ofertório, vi o Menino Jesus sobre o altar, de uma beleza incomparável. O Menino ficou olhando para todos, o tempo todo, estendendo as suas mãozinhas. No momento da Elevação, não olhava para a capela, mas para o Céu; após a elevação, novamente, olhava para nós, mas por pouco tempo, porque, como de costume, foi partido e consumido pelo sacerdote. Nesta altura, já tinha a túnica branca. No dia seguinte, tive a mesma visão, e no terceiro dia também. É difícil expressar a alegria que eu sentia na minha alma. Esta visão repetiu-se em três Santas Missas, da mesma maneira que as primeiras.


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