Pagina 70 Versos Diário 142 a 145 - Diario de Santa Faustina


142
Quando fui tranquilizada e instruída sobre a maneira de como proceder nesses caminhos de Deus, o meu espírito alegrou-se no Senhor, e parecia-me que não estava andando, mas correndo; as minhas asas abriram-se para o voo e comecei a elevar-me até o próprio Sol abrasador, e não hei de descer antes de repousar n´Aquele em quem a minha alma mergulhou para sempre. Abandonei-me inteiramente à influência da graça; grandes são as visitações, quando penetra minha alma! Não me afasto nem nego, mas mergulho n´Ele, como no meu único Tesouro. Sou um só com o Senhor; o abismo entre nós, Criador e criatura, como que em êxtase contínuo. A presença de Deus não me abandonava por um momento sequer. E a minha alma permanecia numa contínua amorosa união com o Senhor. Contudo, isso não me impedia de cumprir as minhas obrigações. Sentia que estava transformada em amor, toda incendiada, mas sem (prejuízo). Continuamente estava absorta em Deus que me atraía a Si com tanta força e vigor que, por vezes, nem me dava conta de estar na Terra. Durante muito tempo havia impedido a ação da graça de Deus e tinha medo dela, mas agora o próprio Deus, através desse Frei Andrasz, afastou todos os obstáculos. O meu espírito voltou-se para o Sol e floresceu em suas chamas para Ele apenas, já não compreendo (interrompe e começa um novo pensamento em outro parágrafo.

143
Desperdicei muita graça de Deus, pois sempre temia que fosse ilusão, embora Deus me atraísse a Si com tanta força, que muitas vezes, não tinha condições de me opor à Sua graça. Quando me via, de repente, mergulhada n´Ele, mesmo que quisesse inquietar-me não podia, tão grande era a paz que Jesus me concedia. E então ouvi na alma estas palavras: Para que fiques tranquila de que sou Eu o autor e todas estas exigências, te concederei uma paz tão profunda que, ainda que quisesse inquietar-te e ficar assustada, não estaria em teu poder fazê-lo, pois o amor inundará a tua alma até ao esquecimento de si mesma.


144
Mais tarde, Jesus deu-me um outro sacerdote, diante do qual mandou que eu abrisse a minha alma. Embora a princípio fizesse com um pouco de hesitação, a severa repreensão de Jesus produziu na alma uma profunda humildade. Sob a direção deste sacerdote, a minha alma progredia rapidamente no amor a Deus e muitos desejos do Senhor foram concretizados exteriormente. Muitas vezes, ficava refletindo sobre a coragem dele e sua profunda humildade.


145
Oh! Como é miserável a minha alma que desperdiçou tantas graças. Eu fugia de Deus, e Ele me perseguia com Suas graças. Na maior parte das vezes, recebia graças divinas, quando menos as esperava. Mas, desde o momento em que o Senhor me deu um diretor espiritual, sou mais fiel à graça. Graças ao diretor espiritual, e à sua vigilância sobre a minha alma, conheci o que é a direção espiritual  como Jesus a considera. Jesus me repreendia menor falta e fazia-me sentir que Ele mesmo julga as coisas que eu apresento ao confessor – e toda falta contra ele atinge a Mim mesmo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário