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Oh ! quão agradáveis são os hinos entoados por uma alma sofredora! Todo o Céu se encanta com uma assim. - especialmente quando provada por Deus, entoa-Lhe seus saudosos lamentos. Grande é sua beleza, porque ela provém de Deus. Caminha pelo deserto da vida, ferida pelo amor de Deus. Ela toca a terra apenas com um só pé.
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A Alma, quando sai desses tormentos, torna-se profundamente humilde e de grande pureza. Ela. como que sem refletir, sabe agora melhor o que lhe convém fazer em determinado momento, e ao que deve renunciar. Sente o mais leve toque da graça e é extremamente fiel a Deus. Ela conhece a Deus de longe e n´Ele se alegra continuamente. Descobre-O imediatamente nas outras almas, sobretudo naquelas que a rodeiam. A Alma é purificada pelo próprio Deus. Deus, como Espírito puro, encaminha a alma para uma vida inteiramente espiritual. Foi o próprio Deus quem preparou e purificou essa alma, ou seja, tornou-a capaz de uma estreita convivência com Ele. Ela permanece nessa união espiritual com o Senhor num amoroso repouso. Fala com o Senhor sem se expressar através dos sentidos. Deus inunda a alma com Sua luz e a mente assim iluminada vê claramente distingue os vários graus da vida espiritual. Reconhece quando a sua união com Deus a maneira da ligação do espírito com os sentidos e, embora a maneira da ligação do espírito com os sentidos fosse já muito elevada e especial - era imperfeita. Existe uma união com o Senhor mais elevada e perfeita - a intelectual. A alma estão então imune das ilusões, sua espiritualidade é mais profunda e mais pura. Na vida, onde prevalecem os sentidos, há um maior risco de ilusões. A prudência da alma mesma, como a dos confessores, deve ser nesse caso maior. Existem momentos em que também Deus introduz a alma num estado inteiramente espiritual. Os sentidos se apagam e estão como que mortos. A alma esta unida a Deus da maneira mais estreita, esta imersa na Divindade, o seu conhecimento é total e perfeito, não é detalhado - como anteriormente, mas geral e total. A alma alegra-se com isso. Mas ainda preciso que os confessores tenham paciência com essa alma. Mas a maior paciência deve ter a própria alma consigo mesma.
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