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(Isto ) ocorreu durante a oitava de Corpus Christi. Deus encheu a minha alma de luz interior e de um melhor conhecimento d`Ele como sumo bem e suma beleza. Compreendi quanto Deus me amava. É o eterno o Seu Amor para comigo.
Foi durante a recitação das Vésperas; com palavras simples, que fluiam do meu coração, fiz a Deus (6) o voto de castidade perpétua. Desde este momento, fiz uma pequena cela em meu coração, onde sempre me a encontrava com Jesus.
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Finalmente, chegou o momento em que se abriu para mim a porta do convento. Foi no dia primeiro agosto, à tarde, na véspera de Nossa Senhora dos Anjos. Sentia-me imensamente feliz, parecia que havia entrado na vida do paraíso. O meu coração só era capaz de uma contínua oração de ação de graças.
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Mas, depois de três semanas, percebi que aqui havia pouco tempo para a oração. E muitas outras coisas falavam à minha alma, incentivando-me a ingressar numa ordem mais rigorosa. Este pensamento fixou-se profundamente na minha alma, mas não havia nisso a vontade de Deus . No entanto, esse pensamento, ou tentação , tornava-se cada vez mais forte, de tal maneira que um dia decidi contar tudo à Madre Superiora e sair decididamente da Congregação. Mas Deus conduziu de tal modo as circunstâncias, que eu não conseguia falar com a Madre Superiora. Entrei na pequena capela antes de ir descansar e pedi a Jesus que me iluminasse sobre esse assunto, mas nada recebi na minha alma e apenas uma estranha inquietação, que eu não compreendia, tomava conta de mim. Mas, apesar de tudo, decidi que de manhã, logo após a missa, iria falar com a Madre Superiora e comunicar-lhe a decisão tomada.
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