+ Em determinado momento, vi multidões de pessoas em nossa capela, em frente dela e na rua, porque não cabiam nela. A capela estava solenemente ornamentada. Junto ao altar havia um grande número de religiosos; em seguida, as nossas Irmãs e muitas de outras congregações. Todos aguardavam a pessoa que devia tomar o lugar no altar. De repente, ouvi uma voz que me dizia que era eu quem devia ocupar esse lugar do altar. Mas logo que saí de casa, isto é, do corredor, para atravessar o pátio e ir à capela, atendendo a voz que me chamava, todas as pessoas começavam a atirar em mim o que podiam: lama, pedras, areia, vassouras- de modo que, à princípio, hesitei, não sabendo se devia ir adiante. No entanto, aquela voz me chamava com mais força ainda e, apesar de tudo, comecei a andar corajosamente. Quando entrei na soleira da capela, as Superioras, as Irmãs e as educandas, e mesmo os meus pais, começa ram a atingir-me com o que tinham à mão, de maneira quer, quisesse quer não, tive de dirigir-me ao lugar que estava reservado para mim no altar. Logo que ocupei o lugar reservado, o mesmo povo, as educandas, as Irmã, as Superioras e meus pais começaram a estender suas mãos para mim e pedir graças. Eu não estava zangada como eles por terem jogado contra mim todas aquelas coisas. Surpreendentemente, sentia de modo estranho um amor especial, justamente para com aquelas pessoas que me obrigavam a entrar mais depressa no lugar reservado. Naquele momento, a minha alma foi inundada de uma felicidade inconcebível e ouvi estas palavras: Faz o que te aprouver, distribui graças como quiseres, a quem e quando quizeres. Rapidamente, a visão desapareceu.
32
Uma vez ouvi estas palavras: Vai falar com a Superiora e pede que te permita fazer diariamente uma hora de adoração, durante nove dias: nessa adoração, procura unir a tua oração à de Minha Mãe. Reza de coração em união com Maria e, também, procura durante esse tempo fazer a Via-Sacra. Recebi a permissão, não para uma hora inteira, mas apenas para o quanto me permitisse o tempo após as minhas obrigações.
33
Eu devia fazer essa novena por intenção da minha Pátria. No sétimo dia da novena, vi Nossa Senhora entre o Céu e a Terra, vestida de branco, rezando com os braços cruzados sobre o peito, olhando para o Céu. E do seu coração saiam raios de fogo: uns se dirigiam para o Céu, enquanto outros cobriam a nossa Terra.


Nenhum comentário:
Postar um comentário