Página 75 versos 153 a 155

153
Um dia, vi duas estradas:Uma estrada larga, atapetada de areia e flores, cheia de alegria e de música e de vários prazeres. As pessoas caminhavam por essa estrada dançando e divertindo-se - estavam chegando ao fim, sem se aperceberem disso. E, no final dessa estrada, havia um enorme precipício, ou seja, o abismo do Inferno. Essas almas caíam às cegas na voragem desse abismo; à medida que iam chegando, assim tombavam. E seu número era tão grande que não era possível contá-las. E avistei uma outra estrada, ou antes uma vereda, porque era estreita e cheia de espinhos e de pedras, por onde as pessoas seguiam com lágrimas nos olhos e sofrendo dores diversas. Uns tropeçaram e caíam por cima dessas pedras, mas logo se levantavam e iam adiante. E no final da estrada havia um magnífico jardim, repleto de todos os tipos de felicidade e aí entravam todas essas almas. Já no primeiro momento, esqueciam de seus sofrimentos.
154
Quando havia adoração na casa as Irmãs da Sagrada Família, à noite fui com uma de nossas irmãs para essa adoração. Logo que entrei na capela, a presença de Deus envolveu a minha alma. Rezava como o fazia em determinados momentos, sem pronunciar palavras. De repente, vi o Senhor que me disse: Fica sabendo que, se descuidares a pintura da Imagem e toda Obra de Misericórdia, terás que responder por um grande número de almas no dia do Juízo. Depois dessas palavras do Senhor, entrou na minha alma um certo temor e medo. Não conseguia acalmar. Ressoavam aos meus ouvidos estas palavras: ¨Sim, então, no dia do Juízo, terei de responder não apenas por mim, mas também por outras almas¨. Essas palavras calaram profundamente no meu coração. Quando voltei para casa, entrei ¨no pequeno Jesus¨, prostrei-me no solo diante do Santíssimo Sacramento e disse ao senhor: ¨Farei tudo o que estiver ao meu alcance, mas peço-Vos: ficai sempre comigo e dai-me forças para cumprir a vossa santa vontade, porque Vós podeis tudo, e eu por mim mesma, nada posso.¨
155
Sucede-me, há algum tempo, que eu sinto na alma quando álguem reza por mim, sinto-o imediatamente na alma; e também alguma alma solicita a minha oração, embora não me diga isso. Sinto-o através de uma inquietação, como se alguém me chamasse.  Mas logo que rezo, reencontro a paz.


Nenhum comentário:

Postar um comentário