Pagina 57 Versos Diario 106 a 111


106
E, por outro lado, talvez Ele nunca permita que soframos tais suplícios. Escrevo isso para que, se Deus houver por bem conduzir alguma alma por (50) semelhantes suplícios, que não tenha medo, mas seja fiel a Deus em tudo, na medida, em que isso depender dela. Deus não causará dano à alma, pois é o próprio Amor, e foi nesse amor inconcebível que a chamou à existência.

107
Mas eu, quando estava nessas aflições nada compreendia. Ó meu Deus, conheci que não sou desta Terra; Deus infundiu tal consciência na minha alma (em ) alto grau. A minha permanência é mais no Céu do que na Terra, embora eu em nada descuide das minhas obrigações.

108
Nesse período não tinha um diretor espiritual e não recebia qualquer tipo de orientação. Eu pedia ao Senhor, mas Ele não me dava um diretor. O próprio Jesus era o meu Mestre desde a minha infância, até agora. Conduziu-me através de todos os desertos e perigos, e reconheço claramente que somente Deus me poderia ter conduzido por um tão grande perigo sem nenhum prejuízo e sem risco, deixando a minha alma imune e fazendo-me vencer todas as dificuldades, mesmo as mais inconcebíveis. Saí (...) . Todavia, mais tarde, o Senhor deu-me um diretor.
109
Após esses sofrimentos, a alma esta em grande pureza de espírito e muita próxima de Deus. Devo, porém, observar que, nesses tormentos espirituais, embora se encontre perto de Deus, nesses tormentos espirituais, embora se encontre perto de Deus, ela está cega. O olhar da alma é envolvido pelas trevas, apesar de Deus estar bem mais próximo de uma alma tão sofredora. Todo o Deus estar bem mais próximo de uma alma tão sofredora. Todo o segredo consiste em que ela de nada sabe. Ela afirma não somente ter sido abandonada por Deus, mas ter-se tornado objeto do seu ódio. Que grande doença dos olhos da alma que, atingida pela luz divina, afirma que esta luz não existe. E, no entanto, ela é tão forte que a cega. Todavia, conheci mais tarde que Deus está mais perto da alma nesses momentos do que em outras ocasiões, porque, com a simples ajuda da graça ela não suportaria tais provações. Atuam aqui a onipotência de Deus e a graça extraordinária, porque de outra forma a alma sucumbiria ao primeiro golpe.
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Ó Mestre Divino, o que acontece na minha alma é somente obra Vossa. Vós, o Senhor, não receais colocar a alma à beira de um terrível precipício, onde ela se amedronta e se assusta, e novamente a fazeis voltar a Vós. Eis os nossos insondáveis mistérios!
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Quando nesses tormentos da alma eu procurava acusar-me na Santa Confissão dos menores defeitos, o sacerdote admirou-se por eu não ter cometido faltas maiores e disse-me estas palavras: ¨Se em meio a esses tormentos a Irmã é tão fiel a Deus para mim isto já é prova de que Deus está amparando a Irmã com Sua graça especial, e até é bom que a Irmã não compreenda isso.¨ Contudo, é estranho que os confessores não me pudessem compreender nem tranquilizar com relação a essas coisas. E foi assim até que encontrou Frei Andrasz e depois Padre Sopocko.


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