Pag. 24 Versos 19 e 20 _ Visão da Face Jesus e do Purgatório.




19
Entrei na Cela, as Irmãs já se tinham deitado- a luz estava apagada. Entrei na minha cela, cheia e aflição e insatisfação. Não sabia o que fazer comigo. Lancei -me ao chão e comecei a rezar ardentemente para conhecer a vontade de Deus. Havia silêncio em toda parte, como num sacrário. Todas as Irmãs, tal como hóstias brancas, repousavam, encerradas no cálice de Jesus, e apenas na minha cela Deus podia ouvir um gemido da alma. Não sabia que sem permissão, não era permitido rezar na cela depois das nove. Passados uns instantes, a minha cela encheu-se de claridade e vi, na cortina a face dolorosíssima de Jesus. Havia chagas vivas em toda a face e grandes lágrimas caíam na colcha da minha cama. Sem saber o que significava tudo isso, perguntei a Jesus: ¨Jesus, quem Vos infligiu tanta dor? ¨- E Jesus respondeu: - Tu me inflingirás tamanha dor, se saires desta Congregação! Chamei-te para este e não para outro lugar e preparei muitas graças para ti.  Pedi perdão a Nosso Senhor e imediatamente mudei a decisão tomada.
No dia seguinte, era a nossa confissão. Contei tudo o que havia acontecido na minha alma, e o confessor, respondeu-me que era expressa vontade de Deus que eu permanecesse (nesta) Congregação e não podia pensar numa outra ordem. A partir desse momento, sinto-me sempre feliz e contente.
20
Pouco tempo depois disso, caí doente. A querida Madre Superiora enviou-me juntamente com duas outras Irmãs, a Skolimov, um pouco fora de Varsóvia, para passar as férias. Nesse tempo, perguntei a Nosso Senhor por quem mais deveria rezar. Jesus respondeu-me que, na noite seguinte, me daria a conhecer por quem deveria rezar.
Vi o Anjo da Guarda que me mandou acompanha-lo. Imediatamente encontrei-me num lugar enevoado, cheio de fogo, e, dentro deste, uma multidão de almas sofredoras. Essas almas rezavam com muito fervor, mas sem resultado para si mesmas; apenas nós podemos ajudás. As chamas que as queimavam não me tocavam. O meu Anjo da Guarda não se afastava de mim nem por um momento. e perguntei a essas almas qual era o seu maior sofrimento . Responderam-me, unânimes, que o maior sofrimento delas era a saudade de Deus. Vi Nossa Senhora que visitava as almas no Purgatório. As almas chamam a Maria ¨Estrela do Mar¨. Ela lhes trazia alívio. Queria conversar mais com elas, mais o meu Anjo da Guarda fez-me sinal para sair. Saímos pela porta dessa prisão de sofrimento. (Ouvi então uma vóz interior) que me dizia: A Minha misericórdia não deseja isto, mas a justiça o exige. A partir desse momento, me encontro mais unida às almas sofredoras.



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